sinto porque vi
sei porque aspirei
Revejo no caderno velho
todos os meus poemas
velhice, sandice e novidade pequena
De que são feitos os filmes das retinas
os poemas no caderno afiançam-me estas tintas
que em memórias transformei
Devo transplantar de suporte - o filme envelhecido
e a alma do poema aparecerá
não mais palpável como a açucena
Trago na mente da minha avó o olhar
- sereno pouso nos postes de madeira -
e uma poesia invisível dentro da luz que amei
por Jonas Furtado
Nenhum comentário:
Postar um comentário